Follow The Money - the economic factor of the invasion of Ukraine - English Version

We are all awed by the latest events in Europe, a war on the European continent can cause us strangeness, but for them, it is a return to the origins, because for centuries Europe has been the scene of wars that have lasted for years (Some have reached 100 years).

War is never good, especially when it involves innocent civilians (as is the case with the current one), but here we want to evaluate the war from a practical point of view, without pretense of giving one of "Geopolitical Analyst", my intention is to put on the table some information and clear personal OPINIONS on the subject.

The Principle of Conflict

The armed conflict between Ukraine and Russia has been going on since long before the current century, and I will not go into such ancient details, just know that the capital of Ukraine (Kiev) was the first capital of the Russian Empire, said that, already hinted that the conflict takes MANY, BUT MAAANY howevers and buts.

That said, the "Modern" disagreements began there in 2014, when the pro-Russia president was ousted at popular request in a wave of protests that became known as "Euromaidan", with that of Yanukovych, this ran to the Russians for help, and help came with the invasion of Crimea.

With the removal of the president from power, a new election had to be held, on the one hand, Petro Poroshenko, the Chocolate King and pro-European Union multimillionaire, and on the other side, Yúlia Timochenko, multimillionaire in the oil and gas business, pro Russia. Poroshenko won, and initiated, pro-EU changes, including formal requests to join the European Union as a fixed member, no longer as an "observer" state.

Follow the Money!!

Now that we have a say in what happened, let's talk about the money.

Yes, Money!

Or do you think Putin would start a war, risk his country (and even his head) for something worthless like giving a lesson to the Ukrainians? Fight Nazis%&s? Protect Russia from the Ukrainian Iluminati? NO!

The Russian Petronation

After the fall of the USSR, Russia was bankrupt, humiliated and disorganized, but it has (and always possessed) many mineral resources, and among them there is one that the whole world knows we need, and I'm not talking about oxygen or water, I'm talking about Oil! and their derivatives, of course.

The reconstruction of the Russian economy, as well as its Arsenal and of course, its government, was all financed by Oil and Gas, to exemplify, these derivatives account today for 40% of the Russian trade balance, and look that it produces many Grains and Ores, including are the largest producers of titanium metal.

Its consumer market, of course, is Europe, especially Germany, which alone consumes 70% of the gas exploited by Russian wells, thus representing a GIGANTIC share of Russian earnings.

Another feature that this focus on oil derivatives has, is that it manages to bring A LOT of profit, and is a fairly targeted profit, so it was using the oil and gas resource that Russia reinvented itself as a petronation.

A new competitor emerges

Recently, Ukraine (Look our protagonist) discovered two gigantic reserves of gas (which together would amount to 2% of the world's known gas reserves) and another giant oil reserve in its maritime territorial extension.

This is a flea behind the ear for Russia, which has already been disasided with Ukraine for charging tariffs for sending Russian gas through pipelines that pass through its territory, but to make matters worse, Ukraine is still flirting with the European Union, crazy to get a place among them, which in addition to being a blatant disrespect to Mother Russia,who has always taken such good care of Ukraine, but is also part of what the Russians consider their "Sphere of Influence".

The East Gas Reserve is called "Donetsk Gas Reserve", I am sure that this name is familiar to all who are following the latest events, Donetsk is precisely one of the two "countries" that want to become independent to then be governed by the iron hand of Sovié.... I mean, Russians.

Of course we have other factors such as Russian Security, or perhaps the fact that the Russian people consider Ukraine a "part" of theirs, but believe me, Estonia not only entered the European Union, but also entered NATO (Such so owed by the Russians), and they did not start a war there, and look at Estonia (as well as Latvia and Lithuania,  nato members) borders Russia.

I am not saying that the fact that Ukraine wanted to enter NATO and the European Union had no influence, it certainly had. I am stating that only this would not be reason, what is happening, is that Ukraine (Different from Estonia or Poland) has an energy potential that can and WILL compete with Russians, especially if it is exploited with European investment, and this my friends, Russia can not allow.

In short, this is an economic war

We are seeing the course of the first economic war of the 21st century, a war in which anything goes to get your hands on the valuable oil wells and in the pockets of the Germans for their much-needed Gas.

We are seeing the Russian mafia reacting to international competition for its greatest good, the gas, this gas that it wants to sell to Europe and of course, to China.

We are seeing Russia use as arguments "national security" and "sphere of influence" to dominate future competitors, limiting the options of European countries as to their supply of energy sources and of course, heat.

And finally, we are seeing the effectiveness of "Follow the money" in a Russian decision-making that will forever change the course of how Europe, and of course the world, makes decisions about its borders.

Follow The Money - o fator econômico da invasão da Ucrânia

Estamos todos estarrecidos com os últimos acontecimentos na Europa, uma guerra no continente Europeu pode nos causar estranheza, mas para eles, é um retorno as origens, pois por séculos a Europa foi palco de guerras que duraram anos (Algumas chegaram a 100 anos).

Guerra nunca é bom, ainda mais quando envolve civis inocentes (como é o caso da atual), mas aqui queremos avaliar a guerra do ponto de vista prático, sem pretensão de dar uma de "Analista de Geopolítica", meu intuito é colocar na mesa algumas informações e claro OPINIÕES pessoais sobre o assunto.

O Principio do Conflito

O Conflito armado entre Ucrânia e Rússia ja vem desde muito antes do Século atual, e não irei entrar em detalhes tão antigos, basta saber que a capital da Ucrânia (Kiev) foi a primeira capital do Império Russo, dito isso, já deu para entender que o conflito leva MUITOS, MAS MUUUUITOS poréns.

Dito isso, as desavenças "Modernas" começaram lá por 2014, quando o presidente pró Rússia foi deposto a pedido popular em uma onda de protestos que ficou conhecido como "Euromaidan", com a de Yanukovych, este correu para os Russos pedindo ajuda, e a ajuda veio com a invasão da Crimeia.

Com a retirada do presidente do poder, uma nova eleição teve que ser realizada, de um lado, Petro Poroshenko, o Rei do Chocolate e multimilionário pró União Europeia, e do outro lado, Iúlia Timochenko, multimilionária do ramo do Petróleo e Gás, pró Rússia. Poroshenko ganhou, e iniciou as mudanças pró UE, incluindo pedidos formais para ingressar na União Europeia como membro fixo, não mais como estado "observador".

Follow the Money

Agora que temos uma noção do que ocorreu, vamos falar do dinheiro.

Sim, Dinheiro!

Ou você acha que Putin iria iniciar uma guerra, arriscar seu país (e até sua cabeça) por algo sem valor como dar uma lição nos Ucranianos? Lutar contra Nazis%&s ? Proteger a Rússia dos Iluminati Ucranianos? NÃO!

A Petronação Russa

Após a queda da URSS, a Rússia ficou falida, humilhada e desorganizada, porém ela possui (e sempre possuiu) muitos recursos minerais, e dentre eles existe um que o mundo todo sabe que precisamos, e não estou falando de oxigênio ou de água, estou falando de Petróleo! e seus derivados, claro.

A reconstrução da economia Russa, assim como de seu Arsenal e claro, seu governo, foi toda financiada por Petróleo e Gás, para exemplificar, estes derivados respondem hoje, por 40% da balança comercial Russa, e olha que ele produzem muitos Grãos e Minérios, inclusive são os maiores produtores do metal Titânio.

Seu mercado consumidor, é claro, é a Europa, em especial Alemanha, que sozinha consome 70% do gás explorado pelos poços Russos, representando assim uma fatia GIGANTESCA dos ganhos Russos.

Outra característica que este foco em derivados do petróleo tem, é que ele consegue trazer MUITO lucro, e é um lucro bastante direcionado, assim, foi usando o recurso do petróleo e do gás que a Rússia se reinventou como uma petronação.

Surge um novo concorrente

Recentemente, a Ucrânia (Olha ai nosso protagonista) descobriu duas reservas gigantescas de gás (que somadas, equivaleriam a 2% das reservas de gás conhecidas no mundo) e uma outra reserva gigante de petróleo em sua extensão territorial marítima.

Isso é uma pulga atrás da orelha para a Rússia, que ja se desentendia com a Ucrânia por cobrar tarifas por enviar o gás russo através de gasodutos que passam por seu território, mas para piorar, a Ucrânia ainda esta flertando com a União Europeia, louca pra conseguir uma vaguinha, o que além de ser um flagrante desrespeito com a Mãe Rússia, que sempre cuidou tão bem da Ucrânia, mas também é parte do que os Russos consideram sua "Esfera de Influência".

A reserva de Gás do Leste se chama "Reserva de gas de Donetsk", tenho certeza de que este nome soa familiar a todos que estão acompanhando os ultimos acontecimentos, Donetsk é justamente um dos dois "países" que querem se tornar independentes para então ser regidos pela mão de ferro Sovié.... digo, Russa.

Claro que temos outros fatores como a Segurança Russa, ou talvez o fato de o povo Russo considerar a Ucrânia uma "parte" sua, mas acreditem, a Estônia não só adentrou a União Europeia, mas também entrou na OTAN (A tal tão odiada pelos Russos), e eles não iniciaram uma guerra por lá, e olha que a Estônia (assim como Letônia e Lituânia, também membros da OTAN) faz divisa de porteira com a Rússia.

Não estou afirmando que o fato de a Ucrânia querer entrar na Otan e na União Europeia não teve influência, com certeza teve. Estou afirmando que apenas isso não seria motivo, o que esta acontecendo, é que a Ucrânia (Diferente da Estônia ou da Polônia) tem um potencial energético que pode e VAI concorrer com o Russo, especialmente se for explorado com investimento Europeu, e isso meus amigos, a Rússia não pode permitir.

Resumindo, esta é uma guerra econômica

Estamos vendo o transcorrer da primeira guerra econômica do século 21, uma guerra em que vale tudo para colocar as mãos nos valiosos poços de petróleo e no bolso dos Alemães por seu tão necessário Gás.

Estamos vendo a máfia Russa reagindo a concorrência internacional por seu maior bem, o gás, gás este que ela quer vender para a Europa e claro, para a China.

Estamos vendo a Rússia usar como argumentos "segurança nacional" e "esfera de influência" para dominar concorrentes futuros, limitando as opções de países europeus quanto a seu fornecimento de fontes de energia e claro, calor.

E para finalizar, estamos vendo a eficácia do "Follow the money" em uma tomada de decisão Russa que irá para sempre mudar o rumo de como a Europa, e claro o mundo, toma decisões a respeito de suas fronteira.

5 dicas para fazer seu dinheiro render!

5 dicas para fazer seu dinheiro render! 

Enquanto trabalho em diversos projetos, venho tentando manter todos em dia, mas é deveras difícil manter atualizado um blog de gestão enquanto temos outros locais que demandam trabalho constante.
Entretanto, hoje quero falar sobre 5 formas bacanas de criar rentabilidade mensal, seja para investimento, seja para consumo imediato (O que de fato não aconselho, investimento é o melhor caminho sempre).
A Lista abaixo foi formulada com base nos meus estudos pessoais e são opções das quais eu já estou fazendo uso, com maior ou menor grau de conveniência, são ideais para quem quer dar um upgrade na conta bancária.
Um detalhe importante é que todas estas opções demandam duas coisas básicas, a primeira, é uma fonte básica de receita, ou seja, você precisa ter algo entrando, e a segunda e mais importante, disciplina.

Disciplina na administração pessoal

Este é o calcanhar de Aquiles do Brasileiro, e vem custando caro a gerações para nossas famílias, enquanto países como Japão tem no elevado índice de disciplina financeira uma potencial crise, os países latinos sofrem justamente do oposto, a falta de disciplina cria um GAP gigantesco em nossa economia, com prioridades extremamente confusas e porque não dizer, sem sentido.
De acordo com o estudo da economista Giovanna Lomelino publicado em 2015 com dados do IBGE, o estudo garante, a partir de uma disciplina de poupar e controlar despesas, uma melhora no nivel de acumulação de recursos, ou seja quanto mais estudo, maior as chances de as famílias acumularem patrimônio na forma de investimento ou de poupança.

Aprenda a Comer em casa

Os estudos variam, mas comer fora de casa no dia a dia pode custar de 3 a 4x mais do que comer comida preparada e trazida de casa.
Fora as vantagens financeiras que este habito traz, tem também uma vantagem inegável quanto a qualidade e higienização da alimentação, que passa a ser muito mais adequada e controlada por existir uma rotina de alimentação mais saudável.

Investimentos no Tesouro Direto

O Tesouro Direto foi por muitos anos uma modalidade de investimento para grandes grupos investidores e extremamente elitizado, hoje porém, você pode começar seu investimento com menos de R$ 40,00.
Esta é uma modalidade de investimento de longo prazo, na medida que, se for possível manter o dinheiro investido por mais de 2 anos, o pagamento de IR cai de 22% para 15%, somado isso a uma relativa garantia de recebimento, uma vez que é um título público, te garante uma série de vantagens caso queira um investimento de longo prazo.
Esta é a opção para quem é profissional liberal e não paga o INSS por fora, visto que seu rendimento, no longo prazo, te garante ganho sobre a inflação.
Para investir no Tesouro Direto você precisa de um agente para te intermediar, consulte no site da Fazenda que mais se adequa a seu perfil e bons investimentos, o link é www.tesouro.fazenda.gov.br/

Não pague tarifas bancárias

A grande maioria dos pacotes bancários custa entre 25 e 40 reais por mês de manutenção, estes pacotes são sempre oferecidos pelos bancos por motivos óbvios, eles querem as tarifas.
Mas existe uma linha de pacotes GRATUITOS que os bancos são OBRIGADOS a disponibilizarem a seus clientes, porém estes costumam não ser muito divulgados por motivos óbvios.
Se você acha que R$ 25,00 reais é pouco, pense que a um juro de 0,5% (o que é BEM mais do que paga a poupança) ao Mês você precisaria ter R$ 500,00 aplicado, para alguns isso pode ser pouco, mas para a grande maioria é um valor considerável.
Somando isso ao fato de que você poderia aplicar R$ 25,00 todo mês em algo mais rentável, como Tesouro Direto por exemplo.
O Site do BACEN tem direitinho as informações sobre estas contas, se seu gerente não se interessar em fazer a conversão, apresente para ele este site que ele vai se motivar, mas lembrando que estes pacotes são BEM básicos, portanto é ALTAMENTE recomendado que você faça uma avaliação de seu perfil de uso para não trocar os pés pelas mãos.
(Site do BACEN https://www.bcb.gov.br/)

Diferencie Gastos de Patrimônios

Se você chegou até aqui achando que comprar um carro por ano é o mesmo que investir em imóveis, pense melhor.
Automóveis são altamente voláteis e dependem de dois processos básicos para você conseguir rentabiliza-los como investimento, Comprar barato e vender caro.
Portanto, é difícil para alguém que compre um automóvel na sorte consiga de fato ganhar dinheiro com isso, por vezes é mais fácil você acabar vendendo ele por menos do que pagou afinal, você não quer ficar com o pepino muito tempo.
Tirando o básico, carro e motos para as pessoas normais costumam gastar mais do que render, portanto cuidado com este sonho.
Outro investimento arriscado é em imóveis, hoje, o aluguel de um imóvel esta rendendo menos do que a inflação, portanto, se você tiver o dinheiro para comprar o imóvel, talvez compense investir em algo e pagar um aluguel. A única exceção são os imóveis que ainda RENDEM MUITO como em cidades que estão sendo expandidas, ou que a demanda é sabidamente de crescimento.
Hoje, o imposto que se paga sobre o lucro na venda de um imóvel esta 15% (Sobre o LUCRO), portanto se você comprou um imóvel por R$ 100.000,00 e vendeu por R$ 150.000,00, os 15% incidem sobre os R$ 50.000,00, totalizando R$ 7.500,00 a menos de lucro, porém quantos anos demora para esta valorização acontecer ? e quanto você poderia estar ganhando em aplicação com este dinheiro?
Saiba diferenciar se o que você tem é uma oportunidade ou uma bucha, nem todo imóvel vale a pena.

Retorno das postagens

Este blog foi criado em meados de 2010 para expor idéias e conceitos de administração, venda e gestão. Hoje ele volta a ser utilizado após tanto tempo justamente no intuito de testar de forma consistente os aprendizados obtidos durante os anos.

Uma série de experiências serão realizadas com o tempo, todas porém, focando sempre no objetivo principal, a obtenção e gestão de negócios. Estas experiências serão descritas neste blog de forma a buscar exemplificar da melhor maneira possível o que se discute aqui e principalmente para criar prova de conceito, ou seja, não adianta vender uma ideia que quem promove não consiga aplicar, claro que neste caso não estou vendendo nada, apenas divulgando o conceito enquanto o testo em logo.

Espere por mais!

Eu quero a minha crise!

Crise econômica é uma palavra que faz parte do vocabulário Brasileiro a muito tempo, desde que o Brasil se tornou independente da coroa Portuguesa em 1822, passamos por diversos ciclos de alegria seguidos por profundas crises econômicas, Crise do Café, da borracha, do Açúcar, do cacau e até mesmo a crise do petróleo nos afetou de maneira traumática, entretanto existe uma coisa pior do que um período de crise, períodos de calmaria.

Pode deixar que vou me explicar, em realidade, as grandes mudanças de nossa sociedade ocorreram com o advento de crises muito marcantes, tanto econômicas quanto sociais. A crise do Feudalismo construiu os alicerces de nossa sociedade comercial moderna, quebrando paradigmas e dando a classes antes ignoradas a oportunidade de ascender na escala social ao mesmo tempo em que passou a disponibilizar produtos em quantidade para atender a uma ávida demanda reprimida.

A crise de 1929 que obrigou os EUA a procurar novos compradores para seus produtos, forçando uma era de “expansão” comercial e conseqüentemente cultural daquele país como forma de desovar a produção excedente, e garantindo a pontos até então isolados do globo, produtos que eram de exclusividade da elite local, como energia elétrica, máquinas diversas e eletrodomésticos básicos.

Por fim as crises Brasileiras, embora estigmatizadas, serviram para retirar do Brasil o sonho do dinheiro fácil, garantindo a construção de uma economia mais saudável e diversificada.

Os excessos criam um ambiente artificial, do qual apenas os muito preparados conseguem tirar proveito, em um país como o Brasil, em que a diferença de conhecimento e de acesso a informação costuma ser gritante, estas situações são extremamente danosas, criando elites muito poderosas em muito pouco tempo, as crises vem apenas para atenuar esta disparidade, estabilizando e mostrando que no âmbito global, a centralização e a especialização de uma economia nacional não gera nada mais alem de dependência.

Não quero dizer que crises me deixam confortáveis, tampouco que elas são justas ou corretas, apenas quero deixar claro que elas são fatores econômicos extremamente fortes e necessários as economias e até mesmo ao ser humano, e que é em grande parte a este fator tão estigmatizado que o Brasil se transformou em um grande produtor de bens de valor agregado, não apenas de borracha, cacau, açúcar, café, ou mais recentemente soja e carne.

As crises garantiram ao Brasil uma economia diversificada que, embora ainda tenha grande potencial para o agro negócio, agora também exporta e produz equipamentos, maquinas, e até mesmo aviões estão em nossa pauta de exportação, e a raiz desta inovação esta nas crises que sofremos, nossas décadas de super (ou hiper) inflação nos trouxeram um sistema bancário sólido e uma cultura financeira controlada, que resistiu bravamente as falências e a crise financeira internacional, a crise do petróleo criou as condições de distribuição em escala nacional do Etanol, que hoje nos presenteia com os carros Flex, em suma, toda grande mudança no Brasil advém do que chamamos popularmente de “crise”.

O Brasil hoje precisa de algumas reformas importantes, como a tributária, a política e arrisco dizer até mesmo uma reforma judicial. E seguindo a lógica exposta até agora, as crises são o principal combustível para promover estas mudanças quando esta não ocorre de forma orgânica.

Sendo o Brasil um país já estabilizado em vários sentidos, com um crescimento quase que garantido, e um desenvolvimento econômico e social igualmente paupáveis, me arrisco a dizer que estamos prontos para a próxima crise. Contanto que esta não seja uma crise de identidade, aposto que temos muito a ganhar com mais uma ou duas crises antes de uma consolidação real de nossa sociedade.

Desta forma espero que a próxima crise venha rápido, e que nos deixe como vestígio uma leva de inovações e melhorias para que as futuras gerações recebam os dividendos, entretanto é preciso concordar que nada melhor do que uns momentos de calmaria para promover um período sem cabelos brancos e problemas cardíacos.

"Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento." (Albert Einstein)

Por Bernardo Heller

Invista no C

Este artigo foi desenvolvido para a um cliente, e também trata do livro "A Cauda Longa".

Esta foi a versão que acabou sendo publicada pela empresa, a versão que "perdeu" esta foi a ja publicada "A Cauda longa (De clientes)".

Abraços.

Invista no C

A proposta de investir tempo e dinheiro em clientes e produtos “C” sempre foi um Tabu para muitas empresas, mas é justamente isso que defende o livro “A cauda Longa” do autor Chris Anderson, lançado em 2006, o livro foi foco de muita atenção ao mostrar que algumas das mais inovadoras empresas modernas estão ganhando muito dinheiro com o que o resto de nós consideraria “resto”, e o fazer de forma muito eficiente.

O livro reforça muito o uso da tecnologia, (com destaque para a internet) como opção econômica às formas tradicionais de venda, porém temos hoje uma gama de outras ferramentas tecnológicas que podem também oferecer benefícios comerciais importantes as empresas, e possibilitar a inclusão de uma parcela considerável de nossos C’s em nosso dia a dia corporativo.

Com a popularização da venda a distancia através de canais alternativos como MSN, Skype, e-mail e até mesmo redes de relacionamento, estamos chegando a um numero cada vez maior de clientes, os chamados clientes da cauda longa, e para gerir todos estes canais, suporte sistêmico é imprescindível, ou as vantagens dos clientes da cauda longa passam a ser reduzidas pelo custo de gerenciar tais processos.

Um sistema que ofereça suporte a registro dos contatos é o básico, suporte a vendas por canais diversos e gestão de comportamento de compra do cliente são cada vez mais exigidos, se tornando agregados muito importantes no momento da comercialização. Ferramentas de segmentação de publico e o emprego de canais de baixo custo como e-mail também oferecem uma redução de custos consideráveis, tanto operacionais, como comerciais, possibilitando maior lucratividade nos canais da cauda longa.

Certo destaque precisamos dar às ferramentas de mineração de clientes, estas possibilitam uma ação certeira em quem realmente interessa, reduzindo custos de marketing, e oferecendo uma forma mais assertiva de oferecer produtos de interesse dos clientes, agregando inclusive na imagem da empresa junto ao mercado.

Um dos principais conceitos das tecnologias do mercado de cauda longa é a capacidade de aprender com o comportamento de compras do cliente, ao compreender que determinados produtos são relevantes a um grupo de clientes, faz sentido ofertar a outros clientes com o mesmo perfil o mesmo produto.

Pedidos sugestão oferecem vantagens indiscutíveis no momento da venda, pois reduzem o tempo de pedido e garantem a oferta de produtos dos quais o cliente já possui conhecimento prévio e referencia, os pedidos sugestão garantem também mais um ponto em credibilidade, mostrando que o vendedor em questão possui informações solidas a respeito do comportamento de compras do cliente.

Ferramentas que possam oferecer formas de segmentação de clientes, e principalmente que ofereçam pedidos sugestão com base no comportamento de compra ganham destaque na medida em que oferecem critérios sensatos para ampliar a participação dos clientes ou dos produtos C em nossa carteira.

Entretanto nem só de redução de custos vivem os clientes da cauda longa, principalmente porque, em alguns casos, estes clientes evitam ou não podem adquirir bens exclusivamente por meios tecnológicos, ou seja, e-mail e MSN não bastam, é necessário um contato mais próximo, e graças a estes casos é que centras de televendas tem se tornado cada vez mais populares. Mas espere, não estamos mais falando de milhares de PÁ’s ligando para você as 22h tentando lhe vender os mais modernos e mais baratos celulares do mercado, estamos falando de vendedores capacitados, com informação abundante e oferecendo justamente aquele produto do qual você precisava para complementar o mix de sua loja, ou quem sabe aquela reposição que não deu tempo de fazer.

Em resumo, a nova classe de tele-vendedores de longe se diferencia da classe que conhecíamos antigamente, armada com seu comportamento de compra, com pedidos sugestões, e uma gama de outras informações voltadas a melhor compreender seus padrões de compras, a nova era dos tele-vendedores oferece produtos necessários e relacionados a seu negócio.

Suporte a negociações, gestão personalizada de perfis e formas diferenciadas de contato com um grande numero de clientes faz parte das novas demandas do mercado B2B da atualidade, ferramentas como os sistemas de CRM ganham maior destaque nas empresas na medida em que possibilitam a estas alongar e retirar maior lucratividade da parte longa das caudas de seus produtos e seus clientes com ferramentas novas ou reformuladas, reduzindo custos e mantendo ou mesmo ganhando qualidade no atendimento.

Na medida em que paradigmas são quebrados, as empresas aprendem que podem e devem ousar mais. Novas tecnologias nos proporcionam um cenário único para inovar na forma de atender e vender produtos, cabe as empresas buscar dentro destas tecnologias as que melhor atendem a sua forma de trabalhar junto a seus clientes e desenvolve-las ainda mais.

Vendas em massa X Vendas Personalizadas

Parece que tudo no mercado automobilístico precisa ser feito em escala, sem personalização e sem atenção aos detalhes, inclusive o ato da venda.








Resultado de um ambiente de demanda abundante, somado com o despreparo institucional das revendas do ramo, e mais alguns fatores que o tornaram um mercado extremamente consolidado, a figura do tirador de pedidos esta mais viva do que nunca nas lojas e concessionárias de automóveis Brasileiras, ele vaga de um lado a outro, ignorando clientes curiosos e selecionando os mais aptos a abrir a carteira sem perguntar muito ou pechinchar demais.

A concorrência no segmento é relativamente alta entre as marcas, praticamente todas as montadoras possuem veículos similares aos do concorrente com preços igualmente similares, tornando o ato da escolha por uma ou outra ainda mais difícil, fatores físicos como tecnologia embutida e design costumavam fazer a diferença, porém hoje, mesmo o mais básico dos modelos possui kits que os transformam do Off-road ao modelo família com apenas alguns mil reais de diferença, reduzindo o diferencial destas características.

Em suma, o poder de agregar valor ao bem das montadoras é muito similar, colocando muita importância nas mãos de concessionárias e revendas particulares, e é ai que começa o problema. Com estruturas antiquadas e contando com um mercado demandante, estas lojas evitaram modernizar seus processos de venda, tornado-as legítimos fósseis institucionais.

Conceitos como CRM e personalização do atendimento não são aproveitados, e vantagens de se manter um cliente se transformam em historia na medida em que cada vendedor se transforma gradativamente em tirador de pedidos, mesmo a idéia de montar uma carteira de clientes foi extinta, tornando esta uma das mais importantes e curiosas figuras pré-históricas de nossa economia moderna.

A aplicação de algum conceito do CRM nesta área poderia ter um efeito surpreendente nas vendas, na medida em que este é um segmento de valor agregado indiscutível, mas com uma grande quantidade de concorrentes todos muito similares.

Oferecendo modelos de interesse do cliente, convidando-os a alguns eventos ou lançamentos dos quais podem se identificar, ou mesmo ligando para desejar um feliz aniversario ou um parabéns pelo 1 ano de carro novo podem fazer toda a diferença no momento da escolha do carro novo (ou semi-novo), em um mercado que não tem idéia do que seja um bom atendimento estes detalhes são realçados ainda mais, oferecendo uma experiência diferenciada a quem for agraciado com estes “detalhes”.

Nossa sociedade moderna deixa cada vez menos tempo para se dedicar a qualquer coisa, e a compra de um automóvel não é exceção, as variedades disponíveis também não ajudam em nada nesta escolha, o que nos leva a buscar fatores de diferenciação nestas compras que não se restrinjam aos detalhes técnicos ou de design, e ai entra a necessidade da construção de um relacionamento de confiança entre vendedores e clientes.

O conceito do CRM já é bem difundido no mercado, e seus resultados não são mistério nos segmentos em que ele já foi inserido, Atendimento personalizado reduz custo, cria vinculo e mantém o cliente em constante sintonia com o nome da empresa, a aplicação destes conceitos no mercado automobilístico é algo plausível e até arrisco dizer necessário na medida em que o crescimento constante é almejado.

Infelizmente as empresas começam a buscar formas de atrair clientes quando estes começam a faltar, o que no mercado automobilístico ainda parece estar longe de ser a realidade, entretanto é importante salientar que nada costuma durar para sempre, e que se for para uma empresa investir em algo, que o faça quando tem tempo e tranqüilidade para ajustar os detalhes inerentes a seu negocio.


Bernardo Heller